domingo, 10 de janeiro de 2010

Esperança

Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...

Mário Quintana

2 comentários:

  1. Mário Quintana!

    Texto massa, já havia o lido antes!
    É como perder-se na imensidão e acordar no claro céu de domingo! Massa de mais!

    Xeru

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  2. Vi esse texto na novela "viver a vida", quase chorei quando vi!
    "é como perder-se na imenensidão e acordar no claro céu de domingo"
    vc fecha!!

    xeroo!

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